Após cinco dias de júri, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram condenados pela morte de Isabella Nardoni. À 0h27 deste sábado, o juiz Mauricio Fossen sentenciou Alexandre Nardoni a 31 anos, 1 mês e 10 dias de prisão e Anna Carolina Jatobá, a 26 anos e 8 meses. A defesa do casal afirmou que já recorreu da sentença.
Eles foram condenados por homicídio triplamente qualificado, por terem cometido o crime de forma cruel, com recurso que impediu a defesa da vítima e contra menor de 14 anos. Os dois ainda foram condenados a 8 meses de detenção em regime semiaberto por fraude processual.
Reação
Antes de começar a leitura da sentença Anna Carolina Jatobá permaneceu um bom tempo de olhos fechados. Durante a leitura, a madrasta de Isabella ficou impassível, sentada na cadeira com as costas ereta, sem olhar para o juiz ou para alguém da familia que estava na plateia.
Já Alexandre chorou um pouco antes da leitura da sentença. Quando o juiz começou a proferir a condenação, o pai de Isabella Nardoni respirou de forma ofegante e por vezes mordeu a boca, mas não voltou a chorar.
Na primeira fileira, da direita para esquerda, estavam a mãe e o pai de Anna Carolina Jatobá, a irmã de Alexandre, Cristiane, e o pai dele, Antonio. A mãe de Alexandre não esteve presente na plateia.
Na quarta fileira, estavam os avós maternos de Isabella, José e Rosa, e os tios da menina. Ao lado de um dos tios, estava a autora de novelas Gloria Perez. Assim que foi lida a sentença, Rosa ficou de mãos dadas com o marido, encostou a cabeça no ombro do filho e se manteve assim até o final. No momento em que era lida a sentença, um policial advertiu a família de Ana Carolina para não comemorar: “aguenta mais um pouco", disse um policial.
Fora do fórum, a condenação foi comemorada com fogos de artifício por cerca de 200 populares. O casal, que ouviu a sentença algemado, deixou o fórum em duas viaturas da Secretaria de Adminstração Penitenciária (SAP) que foram chutadas e hostilizadas. Alexandre e Anna Carolina vão cumprir a pena em regime fechado, no presídio de Tremembé, interior de São Paulo.
Na saída do Tribunal, o advogado de defesa, Roberto Podval, afirmou que a defesa já recorreu, disse que não daria entrevista e deu apenas uma declaração. "O brilho da noite é do dr. Cembranelli". Ele chegou a chorar no momento em que era lida a sentença.
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